Não é muita gente no Brasil que conhece Jack Kerouac e a Geração Beat. Porém quando se conhece, é impossível não se apaixonar. Eu conheci a uns 5 ou 6 anos atrás, quando ouvi uma entrevista sobre On the Road, me apaixonei pelo que falavam do livro, a partir dai procurei feito louca por ele, um ano mais tarde, por acaso, eu consegui. Acho que foi um dos momentos mais felizes da minha vida, li o livro até hoje no minimo umas 30 vezes, comecei a comprar todos os que via da geração beat, hoje já tenho uma pequena coleção, que guardo com todo meu carinho.
Jean-Louis Lebris de Kerouac, nasceu em 12 de Março de 1922 e faleceu em 21 de Outubro de 1969, mais conhecido por Jack Kerouac, foi um escritor norte-americano. Jack escreveu sua obra-prima “On The Road”, livro que seria consagrado mais tarde como a “bíblia hippie”, em apenas três semanas. O fôlego narrativo alucinante do escritor impressionou bastante seus editores. Jack usava uma máquina de escrever e uma série de grandes folhas de papel manteiga, que cortou para servirem na máquina e juntou com fita para não ter de trocar de folha a todo momento. Redigia de forma ininterrupta, invariavelmente sem a preocupação de cadenciar o fluxo de palavras com parágrafos.
Ao contrário às idéias correntes, que trabalhou em cima do livro sob o efeito de benzedrina, uma droga estimulante, Kerouac, em admissão própria, abasteceu seu trabalho com nada mais que café.
Quem inspirou o grande anti-herói de On the Road foi seu amigo delinquente Neal Cassady. A relação do escritor com Neal foi determinante para despertar em Jack sua vontade reprimida de botar o pé na estrada e desfrutar de uma liberdade ainda não experimentada. Os dois viajaram por sete anos percorrendo a rota 66, que cruza os EUA na direção leste-oeste, com descidas freqüentes ao México. Saíram de Nova York e cruzaram o país em direção a São Francisco.
“Jack sempre foi muito tímido, ainda que parecesse durão, era doce, sensível, passional. Neal era mais espontâneo, machão sem fazer esforço, mas também se interessava muito pelas palavras. Ele esperava Jack ensiná-lo a ser do seu jeito. Eles eram opostos e muita gente pensava que se pareciam. Neal era rude, Jack era mais introvertido e gostaria de ter a mesma iniciativa com as mulheres. Ele gostava de ver Neal fazer isso”, diz a novelista e mulher de Neal, Carolyn Cassady. Numa certa época Jack resolveu se isolar do convívio humano. Subiu até o alto de uma colina e passou longos dias sozinho confinado em uma cabana sem eletricidade e sem vidros nas janelas. Tomava quase uma garrafa de bebida por dia e sofreu com alucinações e paranóias. A experiência foi registrada no livro “Big Sur”, de 1962. Freqüentemente apaixonado, ele chegou a casar duas vezes ao longo da vida. Em 21 de outubro de 1969, Jack Kerouac morreu de hemorragia, consequência de uma cirrose, com 47 anos, num hospital em St. Petesburg, na Flórida. O amigo e agente literário Allen Ginsberg reverencia seu talento: “Eu não conheço outro escritor que teve influência tão produtiva quanto Kerouac, que abriu o coração como escritor para contar o máximo dos segredos da sua própria mente”. Os membros da Geração beat rapidamente desenvolveram uma reputação como os novos boêmios hedonistas que celebravam a não-conformidade e a criatividade espontânea. É interessante observar que a geração beat representou a única voz nos EUA a levantar-se contra o macartismo, política de intolerância que promoveu a chamada "caça às bruxas", resultando em um período de intensa patrulha anti comunista, perseguição política e desrespeito aos direitos civis nos Estados Unidos. Vale observar que muitos dos chamados "beats" eram comunistas ou de esquerda, sendo, no geral, de tendência anarquista, se os analisarmos de um ponto de vista político. Ainda assim, nunca foram aceitos como verdadeiros esquerdistas pelos comunistas ortodoxos, como Fidel Castro, por exemplo. Formalmente, a poesia beat de Ginsberg, Gregory Corso e Lawrence Ferllinghetti se aproxima bastante da poesia surrealista, bem como ocorre com a prosa um tanto caótica de Burroughs. Já a prosa de "On the road", de Kerouac, é simples e espontânea, politicamente corajosa. Geração beat é um termo usado tanto para descrever a um grupo de artistas norte-americanos, principalmente escritores e poetas, que vieram a se tornar conhecidos no final da década de 1950 e no começo da década de 1960, quanto ao fenômeno cultural que eles inspiraram (posteriormente chamados de beatniks.). Estes artistas, levavam vida nômade ou fundavam comunidades. Foram, desta forma, o embrião do movimento hippie, se confundindo com este movimento, posteriormente. Muitos remanescestes hippies se auto-intitulam beatniks e um dos principais porta-vozes pop do movimento hippie, John Lennon, se inspirou na palavra beat para batizar o seu grupo musical, The Beatles. Os termos Geração Beat e beat têm sido usados para descrever o movimento literário anti-materialista que começou com Kerouac em 1948, que se alongou pelos anos 60. A filosofia Beat anti-materialista e de introspecção influenciou músicos da década de 60, tais como Bob Dylan, Pink Floyd e várias outras.
"Nossa bagagem maltratada fora empilhada na calçada novamente; nós tínhamos mais caminhos para percorrer. Mas não importa, a estrada é a vida."
Créditos do texto original devem ser creditados, mesmo que tenha sido parafraseado.
ResponderExcluirDesculpa, mas me mande os créditos que acrescento. Na verdade nem me lembro de parafrasear, mas ok, não tenho problema com isso.
ResponderExcluiroi linda adorei sobre o jack , pois foi atraveza da literatura dele que eu botei o pé na estrada e ja estou a 9 anos viajando sem parar ja li todos os livros do jack sem duvida um dos maiores da literatura que legal ,pois voce é tao bonita e tao jovem e já conhece bem boa literatura
ResponderExcluirObrigada querido.
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