Quantas vezes você já foi chamada de louca e insana por quem mais você amava e confiava? Esse é o dilema que a autora Charlotte Perkins Gilman viveu e que inspirou o livro PAPEL DE PAREDE AMARELO, de 1892, publicado aqui pela Editora José Olympio / Grupo Editoral Record . Antigo mais extremamente atual, a autora nos leva a refletir quantas vezes já assumimos esse papel que não nos cabia, o de mulher lunática! Esse arquétipo que toda mulher é insana já é costumeiro e quem já leu MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS sabe do que estou falando, por isso quando o livro de Charlotte foi lançado, era para ser mais um suspense/terror psicológico, um entre tantos desse estilo, mas infelizmente as nuances autobiográficas dele impede que seja algo tão comercial assim. O que falarei a seguir pode ser interpretado tanto quanto sobre a protagonista, quanto sobre a autora, com pequenas diferenças. Escrito em formato de diário, conhecemos o marido da narradora, John, um médico, que inclusive diagno
Textos, poesias, reportagens, resenhas e portfólio. Tudo criado da mente de uma mulher com muito o que falar, indicar e aconselhar. Mas, quem é ela para fazer isso? Simples, alguém que gosta de criar.